sábado, 15 de maio de 2010

Medicação da hipertensão na gravidez


A hipertensão está associada a cerca de 5-10% das gestações. As situações de difícil controlo com medidas não farmacológicas podem ser tratadas com metildopa. A hidralazina e o propranolol
são boas alternativas de segunda linha.
O propranolol deve ser suspenso 1 a 2 semanas antes do parto (risco de bradicardia e hipoglicemia neonatais) e, embora menos eficaz, pode ser substituído nessa altura por hidralazina.
Tem surgido evidência de que os antagonistas do cálcio, nomeadamente a nifedipina, poderão ser seguros na gravidez, mas são necessários mais estudos (risco de hipóxia fetal por hipotensão
materna). Os diuréticos são de evitar, devido ao risco de distúrbios electrolíticos no feto e trombocitopenia.
O uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina e de inibidores da angiotensina está contraindicado na gravidez pela sua demonstrada teratogenicidade, nomeadamente nos 2º e 3º trimestres. Em princípio, uma curta exposição acidental no início da gravidez não trará problemas, mas a mudança para outro anti-hipertensor deverá ser feita logo que a gestação seja diagnosticada.

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