Enfim, eu fiquei com a minha cria, "em casa", até cerca dos 8 meses, mas não contou como mãe a tempo inteiro, porque tinha de a levar para o meu trabalho (4 horas de viagem, ida e volta), e conciliar o trabalhar, com o cuidar dela...foi extenuante! Não digo que ser mãe a tempo inteiro não o seja, porque é... mas eu acho que nos nossos dias ser mãe a tempo inteiro é um privilégio! Claro que muitas das poucas que o são, vão já começar a reclamar, e a declamar os contras da sua situação, mas para a grande maioria das mães, as que tem de conciliar o ser mãe com uma carreira ou profissão, e sobreviver à sua consciência, de cada vez que acham que não estão a fazer o melhor para o seu bebé...ser mãe a tempo inteiro seria a situação ideal.
Mas ser mãe a tempo inteiro, com condições, digo, sem problemas de (falta) dinheiro, e de ajuda doméstica, entre outras. Ser mãe a tempo inteiro, com tempo e disponibilidade para dedicar às crias...aquilo que hoje em dia alguns (poucos) avós conseguem (e querem) fazer, porque infelizmente, também já existem poucos avós a tempo inteiro...
Às vezes gostaria de ser mãe a tempo inteiro. Por outro lado julgo que a convivência com outras crianças e com outros adultos é muito importante para os bebés e as crianças...mas como me disse um dia alguém, colocar uma criança de 8 meses ( e mais pequenas) num infantário por um período de tempo superior a 3 horas, é de uma agressão extrema. Também penso assim, mas faltam-nos (a nós, mães) alternativas, e o que tem de ser, tem mesmo de ser.
Claro que as mães a tempo inteiro e as mães que trabalham sofrem do mesmo problema....falta de tempo para si próprias...mas esse é o sacrificio que se faz ao ser mãe, abdica-se um pouco de nós próprias, para se olhar por eles... mas poder ser só mãe, e ter tempo e disponibilidade para as nossas crianças é hoje em dia um luxo, a que poucos podem aceder, porque a vida está cara, e são precisos os dois a trabalhar para se viver melhor!
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